Complexa, autêntica, forte, subversiva, corajosa e absolutamente feminina.
Você sabia que ontem, (6/7) a Frida Kahlo completaria 110 anos. Pois é! Talvez você até conheça esse ícone que, atualmente, estampa uma série de produtos da cultura pop, mas posso dizer que, para mim, ela é um lembrete permanente de que as mulheres são, essencialmente, potência.
Tendo lutado contra uma série de limitações físicas – impostas, primeiro pela poliomielite adquirida na infância e, depois, por um grave acidente de bonde que, além de quase lhe matar, provocou dores e exigiu intervenções cirúrgicas ao longo de toda a sua vida – Frida fez das representações constantes de sua individualidade e sexualidade a marca de sua obra.
E mesmo nunca tendo assumido qualquer bandeira eminentemente feminista, Frida sempre demonstrou coragem para defender suas convicções políticas e para romper com convenções sociais.
Vaidosa, ela fazia questão de esconder as imperfeições físicas fazendo uso de calças, na juventude, e, depois das longas, exóticas e folclóricas saias longas – também numa demonstração de sua identificação com a cultura mexicana. Ainda assim, em seus escritos, fotos, e, principalmente em seus quadros, “fazia as pazes” com seu corpo, traduzindo, com ele, toda a sua complexidade.
Em 1953, ou seja, um ano antes de sua morte, quando precisou amputar uns dos pés devido à gangrena, escreveu em seu diário: “Pés para que os quero, se tenho asas para voar?”.
Acredito que foi justamente este ímpeto libertário – que, pra mim, é o que faz dela um símbolo de luta –, que fez com que movimentos de mulheres e coletivos feministas, como o Não Me Kahlo a escolhessem e a assimilassem como modelo.
Curtiu o artigo sobre a Frida? Personagens fortes sempre nos enchem de coragem para enfrentar os desafios do dia a dia, né? Quer ver outro exemplo, então se liga no post que fizemos com a Gleyma Lima, aqui para o blog da Violeta.