Nos anos 1950 e 1960, com a Guerra Fria e o acirramento da disputa entre os Estados Unidos e a hoje extinta União Soviética, a Corrida Espacial levou a disputa entre as duas maiores potências mundiais a outro patamar. Aquele que chegasse à Lua primeiro demonstraria toda a sua superioridade sobre o segundo colocado e, por isso, nenhum dos dois poupava investimentos. Enquanto os soviéticos lançavam seus primeiros satélites, a Agência Espacial Norte-Americana (NASA) ainda enfrentava dificuldades para mandar seus primeiros foguetes ao espaço. E foi justamente para ajudar a corrigir alguns dos problemas enfrentados pela NASA, que os chamados “computadores humanos” começaram a ser utilizados. Mentes brilhantes, realizando os cálculos matemáticos necessários para que tudo pudesse funcionar como deveria. Por si só, o enredo já nos prende, certo? Mas e se disséssemos que, em vez de homens brancos, os tais “computadores humanos” eram mulheres e negras? Pois é disso que o filme Estrelas além do tempo trata.
Estrelas além do tempo: Três Mulheres
Escrito e dirigido por Theodore Melfi, o filme conta a história de três cientistas negras que fizeram a diferença para o primeiro lançamento e retorno de um foguete tripulado. Katherine G. Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughan (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe) tiveram que se impor em uma época em que faculdades, banheiros, bebedores e até garrafas de café eram diferentes para brancos e negros. A trama não atenua o racismo em nenhum momento, que acontece tanto de forma aberta quanto velada.
Katherine enfrenta todo tipo de dificuldades quando muda de departamento, tendo que enfrentar o racismo da chefe de RH (interpretada por Kristen Dust) e também o machismo de seus novos colegas, personificados na figura do personagem de Jim Parsons. Já o emprego de Dorothy é ameaçado pela chegada de um computador da IBM que ninguém ainda sabe como usar e Mary quer estudar engenharia para conseguir uma promoção.
Cada uma delas vai ter que superar barreiras pessoais e sociais para manter seus empregos e fazer a diferença em suas áreas de atuação.
Estrelas além do tempo: Três Lutas
E se até nos EUA a história destas mulheres era desconhecida (tanto que o nome original do filme pode ser traduzido como “Estrelas Ocultas”), imagine aqui no Brasil!
Por isso, por mais que seja interessante descobrir um pouco sobre esta luta, ainda é chocante perceber a naturalidade com que o machismo e o racismo eram praticados por aquela geração e que, mesmo quando ocorreram mudanças elas estavam ligadas mais ao bom desenvolvimento do trabalho do que à necessidade de igualdade.
Mesmo assim, vale a pena assistir Estrelas além do tempo e perceber que nenhuma conquista vem sem luta e que não devemos deixar de fazer aquilo em que acreditamos.
Então chame suas amigas, prepare o balde de pipoca e acompanhe a história destas três mulheres que mudaram os rumos da corrida espacial!
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